Nestes tempos de Pandemia, nossas relações pessoais estão sendo afetadas pelas relações virtuais.
Estamos quase que 24h, conectados via smartphones, tablets e notebooks. Sem a presença palpável do outro, como ter certeza do que esperar? Como essas transformações, refletirão em nossos relacionamentos?
AMOR E TECNOLOGIA
Já estávamos vivendo em tempos que o celular era um dos objetos mais usados por todos. É só mergulhar na sua tela e ali encontra-se de tudo: informação, contato e diversão. E nestes tempos de confinamento, tornou-se um forte aliado para trabalho, amizades e até encontrar um amor.
A tecnologia em si, não é um mal. Ela é uma ferramenta importante e necessária. Hoje, passamos bastante tempo conectados virtualmente e há muitas vantagens nisso. O problema está em quem a usa e como faz o uso da tecnologia. Temos a escolha de aproveitá-la bem ou mal.
A dificuldade é que muitas pessoas estão usando o meio virtual, aproveitando-se do distanciamento na Pandemia, para resolver situações e problemas de relacionamento. Aquilo que eles não conseguiam enfrentar e resolver pessoalmente, agora mandam seus recados online, para iniciar, vivenciar e até romper relacionamentos virtualmente. Quais os perigos desses fatos?
AMOR EM TEMPOS DE RELAÇÕES VIRTUAIS
Já vivíamos tempos, em que as pessoas estavam mais autocentradas e mais egocêntricas. As inquietações e frustrações nos contatos, trouxeram um fenômeno nas relações: a “Geração Cupcake”. Este termo, ouvi da jornalista Inês de Castro, da Rádio Band News, caracterizando o individualismo presente nas relações afetivas. Cada um querendo viver por si mesmo.
São pessoas que não querem vínculos muito profundos, porque se bastam. Dizem: “Eu mesmo celebro a minha festa”, “Eu mesmo como o meu bolo”. “Amo você, enquanto satisfaz minhas necessidades. Caso contrário, fico aqui comigo mesmo, na minha festa particular”. É o amor, preocupado mais com a satisfação pessoal e o prazer momentâneo. O outro, é mais uma peça no jogo da vida.
Como construir relacionamentos sólidos e duradouros, em tempos de relações virtuais?
Apesar de estarmos vivendo um novo momento, não podemos desistir de valores importantes, para um relacionamento saudável. Temos a necessidade de: companheirismo, amizade, amparo, acolhimento, cumplicidade e um amor que é capaz de ceder, em alguns momentos.
Num relacionamento saudável, há espaço para si, para o outro e ao mesmo tempo, ter um espaço em comum aos dois. Neste lugar, eles construirão seus sonhos, projetos, ideias e ideais. Sem competitividade, orgulho, inveja e interesses. Mas com incentivos, reconhecimento, partilha e perseverança.
Este espaço comum, inclui também: 1. Ouvir o coração do outro – aprendendo a dar-lhe liberdade para fazer avaliações a nosso respeito, mesmo que estas nos desagradem; 2. Ajudar quando o outro está sobrecarregado – mesmo que o parceiro atarefado não peça!
Não é o caminho mais fácil! Alguém já disse: “conectar-se é para máquinas, humanos se relacionam”. O amor só será individualista, descartável, sem profundidade, se permitirmos que ele fique assim!
Esse é o desafio: mesmo em tempos de Pandemia, onde as relações são mais virtuais do que presenciais, não podemos buscar apenas o que é fácil e superficial. Não devemos abrir mão de termos relacionamentos profundos, que sejam mais próximos dos valores que acreditamos. Lutar por isso, é um bom objetivo e também é o primeiro passo, para vivenciarmos maior maturidade em nossa humanidade.
Autora: Psi. Magali A. Henriques Leoto.
Você gostaria de levar o Casal Leoto à sua Igreja? Agende um trabalho para este ano!
Informações: smleoto@uol.com.br . Whatsapp: (11) 99957-0451.