Você já parou para pensar que a maioria das escolhas que fez na infância, adolescência e início da juventude, foram feitas por outras pessoas? Avalie:
Quando você ainda nem tinha nascido, quem foi que escolheu seu nome? Quem definiu a cidade onde iria morar? Você decidiu qual seria o seu quarto? Deu palpite sobre a escola em que começaria a estudar? Foi você que optou pelo time que torce, ou decidiu pressionado pelos seus amigos? etc.
Várias das suas decisões até aqui, ou foram tomadas por outras pessoas, ou ao menos foram influenciadas por elas. Agora chegou a SUA vez de decidir! Por isso a escolha da profissão é uma tarefa tão difícil e importante. É uma definição que pode valer para toda a vida! Como consequência, surgem muitas dúvidas em relação a isso!
Existem tantas opções! Por onde começar?
É preciso levar em conta algumas etapas, para que esta tomada de decisão seja feita de forma consciente:
1. AUTOCONHECIMENTO:
O conhecimento de si mesmo é fundamental para a escolha profissional. Há três aspectos que ajudam a pessoa, nesse processo de autoconhecimento: seus interesses, suas aptidões e também as características de sua personalidade.
a) INTERESSES:
São o conjunto de preferências, gostos e desejos, que existem para satisfazer vontades individuais. Quando temos interesse em determinada coisa ou atividade, nos envolvemos tanto, que nem vemos o tempo passar.
b) APTIDÕES:
São habilidades naturais para determinado tipo de atividade, ou seja, é a capacidade que um indivíduo tem para realizar alguma tarefa. É bom lembrar que não basta só ter habilidades – é preciso desenvolvê-las.
c) CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE:
São as individualidades, nossa forma de ser, nosso jeito que nos diferencia das outras pessoas. Cada um é um ser único, ninguém apresenta características de personalidade exatamente no mesmo grau que a outra pessoa. Dependendo do grau em que elas aparecem, podem influenciar positivamente ou negativamente na realização de algumas atividades.
Esses são alguns aspectos da personalidade que podem ser levados em conta, na hora da escolha profissional: DINAMISMO, CONCENTRAÇÃO, DEPRESSÃO, PERSEVERANÇA, AMBIÇÃO, CRIATIVIDADE, FLEXIBILIDADE, PESSIMISMO, COOPERAÇÃO etc.
2. CONHECIMENTO DAS OPORTUNIDADES PROFISSIONAIS:
Depois de identificados seus interesses, características de personalidades, aptidões e habilidades, o passo fundamental é o da coleta de informações.
Inicialmente, faça uma lista de atividades que combinam com o seu jeito de ser, para depois buscar as informações. Pesquise sobre cursos, quais as escolas ou faculdades que oferecem esses cursos, qual o valor da mensalidade, qual a duração do curso, sobre a atividade que faz o profissional dessa determinada área, como está o mercado de trabalho etc. Somente depois de serem analisados todos os dados obtidos, será possível decidir com clareza.
A IMPORTÂNCIA DE UM ORIENTADOR VOCACIONAL
Há pessoas que conseguem passar por esse processo de escolha sozinhos, mas há outras que preferem ter o auxílio de um profissional, um Orientador Vocacional. Estes profissionais são psicólogos ou pedagogos especializados em orientação educacional. São encontrados em escolas ou em consultórios particulares.
O trabalho desses profissionais é feito de forma diferenciada. Existem os que se utilizam dos testes vocacionais, há os que se baseiam praticamente em entrevistas, alguns atendem individualmente outros em grupos. O que realmente importa não é a forma de intervenção, mas sim a seriedade do trabalho feito por este profissional.
A função principal do Orientador Vocacional é ajudar o jovem a se autoconhecer e auxiliá-lo nas informações sobre as oportunidades profissionais. É importante deixar claro que o profissional NÃO dará respostas para suas dúvidas, pois estas estão em você mesmo – ele só irá ajudá-lo a encontrá-las.
Nesse momento tão importante da sua vida, procure tomar uma decisão consciente; conheça mais a você mesmo, informe-se sobre as áreas que mais lhe interessam, … e boa escolha!
Autora: Psi. Lisandra Vilarinho