O psicólogo, escritor e pastor Jorge Maldonado explica que a importância do PERDÃO foi minimizada, principalmente na cultura ocidental, que o relacionou por muito tempo apenas a questões de fé e religião. Valorizava-se mais a autonomia do indivíduo, do que a vida comunitária (“importa apenas o que eu penso”); mais a conduta, do que o caráter (“se está dando certo, para que ter ética?”); mais o progresso, do que o desenvolvimento; e o PERDÃO na prática foi marginalizado da convivência humana. Mas hoje a situação mudou, pois o mundo foi afligido pelas consequências destes conceitos e está redescobrindo a necessidade de vivenciar o PERDÃO em suas várias dimensões.
O bispo negro anglicano, Desmond Tutu, sul-africano que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1984, por sua luta contra o racismo em seu país, afirma: “Sem perdão não há futuro. Sem perdão, o ressentimento cresce em nosso interior, transformando-se em hostilidade e raiva. O ódio consome nosso bem estar e por isso o perdão é um absoluto necessário, para continuar a existência humana. O mundo está à beira de um desastre se não perdoarmos, aceitarmos o perdão e nos reconciliarmos”.
Ele e Nelson Mandela, fizeram a diferença para pacificar a África do Sul, sem um banho de sangue. Mandela, que recebeu o Nobel da Paz em 1993, ficou na prisão do governo dos brancos por 27 anos. Quando saiu, os líderes negros radicais lhe disseram: lidere-nos para a luta! E ele disse: “Vamos perdoá-los pelo que nos fizeram!”.
Quando avaliamos o relacionamento familiar, chegamos a uma realidade:
PERDOAR é tão necessário, que uma das características que permite identificar se uma família está saudável, é a capacidade que seus membros têm em se perdoar mutuamente!
Infelizmente, muitas são as famílias onde maridos e esposas têm dificuldades em se perdoar, filhos e pais não procuram se entender, tios que não frequentam o mesmo ambiente que outros parentes, por terem fracassado no diálogo e no perdão.
A Bíblia sempre alertou sobre a necessidade de perdoar e de pedir perdão. Ela mostra que o grande exemplo para que os homens se perdoem, foi dado pelo próprio Deus que, diante do arrependimento e da confissão sincera, através de Cristo perdoou o ser humano de afrontas muito piores: “Quem ó Deus, é semelhante a ti, que PERDOAS a iniquidade e te ESQUECES da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque TEM PRAZER NA MISERICÓRDIA. Tornará a ter compaixão de nós; pisarás aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados NAS PROFUNDEZAS DO MAR” (Mq 7:18-19).
Várias passagens mostram que devemos substituir antigos ressentimentos, pelo espírito perdoador de Cristo: “Livrem-se de toda a amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda a maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, PERDOANDO-VOS MUTUAMENTE, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Ef 4:31-32). Jesus nos fez um alerta, logo após ter ensinado aos discípulos a oração do Pai Nosso: o fato de não conseguimos perdoar outros seres humanos, irá afetar o nosso relacionamento com Deus: “Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas” (Mt 6:15).
Muitos dos problemas que causaram a dificuldade no perdão, quando avaliados friamente, poderiam ter sido “relevados” ou foram fruto de “mal entendidos”, que se fossem tratados de forma pacifica e equilibrada, nunca chegariam a provocar mágoas. Paulo nos diz em Ef 4:26 “Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha”. Ou seja, se resolvessemos o motivo da ira antes de terminar o dia, não acumularíamos mágoas não resolvidas, que se arrastam por toda uma vida!
O que fazer? Precisamos pedir a GRAÇA e o PODER de Cristo, para perdoar! Nosso “fardo” está pesado? Vamos correr para a cruz de Cristo e “trocar de fardo” com Ele: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11:28-30).
Cristo na prática pegará o nosso problema (fardo) e nos ajudará a administrá-lo: existe alguém a SER PERDOADO ou alguém que tenhamos que PEDIR PERDÃO? Jesus com Sua Graça e Poder, nos ajudará a fazê-lo, trabalhando em nós “tanto o querer (perdoar), quanto o realizar” (Fp 2:13).
Afinal, se nós estivéssemos arrependidos por algo que fizemos, não gostaríamos de ser TOTALMENTE perdoados pela pessoa com quem tivemos o problema? Claro que sim! Agora veja o que o Mestre diz em Mt 7:12 “Tudo quanto quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles também”. Por que temos tanta dificuldade em perdoar alguém que nos magoou? Coloque sua dificuldade diante de Deus e haja como gostaria que os outros agissem com você. Isso trará saúde para você, para os seus relacionamentos e para toda a sua família!
Lembre-se: não existem famílias “perfeitas”! Mas podemos ser famílias que buscam a cada dia ser pouco a pouco, mais saudáveis!
Que sejamos hoje, um pouco mais saudáveis do que fomos ontem; e amanhã, sejamos um pouco mais saudáveis do que fomos hoje, com a Graça e o Poder de Deus, caminhando conosco nesta jornada!
“‘Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou’; ‘Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial também não lhes perdoará as ofensas'”. (Cl 3:13; Mt 6:15).
(Estudo baseado na palestra do Psi. e Pr. Jorge Maldonado, no 15º. Congr. CPPC no Brasil).
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