“Vejo muitas pessoas solteiras, que já mantém relações sexuais. O que a Bíblia diz sobre a possibilidade de praticarmos o sexo, antes do casamento?”.
A filosofia dos nossos tempos, seguida por muitas pessoas (até mesmo cristãs), diz que “não há nada de errado” em manter vida sexual ativa antes do casamento. Justificam, até mesmo dizendo que “é bom experimentar antes, para ver se vão se adaptar”. Fruto desta filosofia, temos aconselhado jovens de igrejas cristãs, que já convivem sexualmente há anos, “só para experimentar”! O impressionante é que a experiência não acaba nunca! Alguns destes casais, chegam até praticar abortos e continuam “experimentando”, para ver se dará certo!
Os pastores destes jovens, reconhecem falha no discipulado e erro da liderança, no fato de terem tratado a virgindade até o casamento, como uma “possibilidade ou opção” e não como “imperativo divino”. Agora, tais líderes estão tendo um trabalho muito maior, para restaurar a situação. Pv 29:18 diz: “Não havendo profecia o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é feliz” ou “Onde não há revelação divina, o povo se desvia; mas como é feliz quem obedece à lei” (NVI).
Assim, todo aquele que já é filho e servo de Deus, deve agir em direção a uma intimidade cada vez maior com Ele – “Agrada-te do Senhor e ele satisfará os desejos do teu coração” (Sl 37:4); “A intimidade do Senhor é para aqueles que o temem, aos quais Ele dará a conhecer a sua aliança” (Sl 25:14) e “Buscai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). O meu amor a Deus e a intimidade com Ele, vai nortear o “certo ou errado” até mesmo na área de sexo!
Por que o sexo deve ser praticado só depois de casar? Por toda a Bíblia, você vê que Deus (o inventor do sexo) condiciona o bom uso do relacionamento sexual, ao contexto do casamento, onde existe compromisso mútuo, honra, amor verdadeiro (não uma louca paixão), vínculo familiar e benção dos pais. Até que ocorra o matrimônio, o casal desenvolve o domínio próprio, guardando seus corpos para seus futuros cônjuges.
A Bíblia não nega que também existem, aqueles que fizeram um mau uso da relação sexual. Mas a palavra é clara, em mostrar que estas pessoas sofreram consequências, por agirem conscientemente fora dos padrões de Deus. Vejamos algumas passagens bíblicas que podem nos orientar sobre o tema:
Gênesis 2: 24: “Por isso, deixa o homem seu pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Quando Deus deu a Moisés o conteúdo do livro de Gênesis, explicou que a partir do primeiro casal, Adão e Eva, Ele ordenou que houvesse uma formalização do compromisso matrimonial, através do “deixar pai e mãe”, obviamente com a benção destes, que são autoridades sobre os filhos enquanto solteiros; do “unir-se à sua mulher” e não a qualquer mulher que sentimos atração e desejo (como hoje se vê). Só numa terceira fase é que viria a união física – “serão os dois uma só carne”. Esta é a ideia do Velho Testamento e do Novo Testamento. Este versículo é citado também por Jesus (Mt 19:5) e Paulo (1 Co 6:16).
Deuteronômio 22:13-21: Esta passagem mostra regras muito rígidas, tanto para o rapaz que difamava com mentiras a uma “virgem de Israel”, quanto à moça que casava sem ser virgem. Naquela época, ela seria apedrejada até a morte. Hoje, graças a Jesus, que levou sobre si as nossas culpas (“o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por suas pisaduras fomos sarados” – Is 53:5), não precisamos de apedrejamentos. Mas Deus requer arrependimento, confissão e abandono da prática do pecado: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28:13); “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1:9).
1Corintios 7:9: “Caso porém não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado”. A solução aconselhada por Paulo, a quem não consegue se dominar e está abrasado sexualmente, é casar-se e NÃO dar vazão aos desejos, indo para o Motel. Muitos namoros já poderiam estar caminhando para o casamento; mas a falta de alvos concretos para a convivência, agrava o abrasamento e à tentação sexual.
Diversas áreas da vida pessoal e do casal são beneficiadas, com o retardamento da vida sexual ativa, como por exemplo a Área Emocional: é claro que a espera tem suas lutas e tensões, comuns a quem quer fazer o que é certo aos olhos de Deus. Mas traz também a benção de ter desenvolvido com seu futuro cônjuge, uma parceria de sucesso (a Santificação de seus corpos), onde os dois enfrentaram juntos o problema e venceram. Isto dá confiança e segurança mútua, que valerá muito na sequência da vida. A espera nos poupa emocionalmente, pois ajuda a afastar o ciúme doentio, o medo, a culpa, a ansiedade, a autocondenação, a ira e depressão, que estão muitas vezes presentes nos casais que não esperaram. É tranquilizador pensarmos que, nossa espera pode ter durado alguns poucos anos, mas que teremos muitos anos à frente, onde poderemos nos relacionar sexualmente com nosso cônjuge, totalmente debaixo da benção de Deus.
Outro grande benefício, com o retardamento para ter relação sexual, acontece na área de Relacionamentos Interpessoais: a espera produz efeitos de amadurecimento pessoal, pois quem o faz, decide “lutar contra a maré”, em posicionamento corajoso, até entre seus amigos. Aumenta a confiança entre os cônjuges, possibilitando uma convivência mais flexível e estável, mesmo entre os inevitáveis problemas conjugais. Casais com vida sexual ativa antes do casamento, demonstram índice muito maior de desconfianças e acusações por coisas mínimas, ficando mais susceptíveis à infidelidade conjugal.
A Área Espiritual também tem benefícios: a decisão de ter relações sexuais só depois do casamento, como obediência a Deus, só pode alegrar ao coração do Criador. Deus recompensa a quem o obedece, não só com o fato de livrá-lo das consequências desagradáveis do pecado, mas aumentando Sua intimidade com aquele que é fiel. Aumenta a Saúde espiritual, ao ficar longe de problemas enfrentados por casais que não esperam, como: adultério, fornicação, imoralidade, prostituição, aborto, pornografia e todos os males que seguem cada uma destas modalidades.
Outra visível benção, vem sobre a Área Física: a possibilidade de desfrutar de um corpo e uma vida mais sadia e sem DSTs. O casal que preservou seus corpos, o fez por dedicá-los a Deus. Mas a consequência deste ato, é poder ter um relacionamento sexual após o casamento, cheio de saúde e sem a presença de algumas doenças, tão comuns aos casais que não se guardaram.
Finalizando, podemos dizer que esperar, para ter relações sexuais apenas depois do casamento, não é uma opção onde podemos ou não concordar – é uma ordem de Deus e como qualquer ordem dEle, desde Adão e Eva, o ser humano obedece ou desobedece. Esperamos com mais consciência e lutamos melhor, quando conhecemos mais profundamente a base bíblica de “porque” Deus quer a espera. Esperamos com mais ânimo e alegria, quando vemos os fatores altamente positivos, nas áreas: emocional, relacional, espiritual e física.
Não são mais virgens? Existe a “segunda” virgindade: afaste-se da prática do sexo, peça perdão pelo que aconteceu e a partir de hoje, faça um propósito diante de Deus, de guardar-se até o casamento. Aos olhos do Senhor, você se tornará virgem outra vez.
(Extraído do Livro: “Histórias de Amor com Um Toque Divino” de Sergio e Magali Leoto, Editora Thomas Nelson Brasil, www.thomasnelson.com.br)
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