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Você Convive com Pessoas Tóxicas, Instáveis ou Violentas?

Os meios de comunicação têm noticiado um aumento assustador de “abusos emocionais ou físicos” nos relacionamentos. Às vezes a pessoa vive uma relação tóxica e nem percebe!

Aspectos prejudiciais da convivência, são mal interpretados e minimizados, como: cuidado, paixão, temperamento forte, “puxou o pai ou a mãe”. São várias as desculpas, para não enfrentar a realidade de estar numa relação prejudicial, que levará ao adoecimento físico, emocional e mental.

Há necessidade de verificar, SE o que acontece com esta pessoa (ou até você mesmo), apresenta uma questão de ordem médica:

– Após várias tentativas por reconciliação, restaurar um relacionamento conflituoso, através de diálogos, acordos e combinados, mesmo assim os conflitos não diminuem?

– A pessoa continua resistente, apresenta uma instabilidade emocional frequente?

– Este comportamento instável e conturbado, ocorre em outros ambientes como: familiares, no trabalho, com amigos, entre outros?

– Apresenta sentimentos intensos como: raiva, desrespeito, instabilidade emocional, tristeza, impulsividade, teimosia, ciúmes, desconfiança exagerada, desespero, medo, rejeição, insatisfação pessoal e descontrole emocional?

– É autossuficiente, autocentrado, busca seus próprios interesses, sente-se todo-poderoso, com necessidade de ser admirado e elogiado, sem empatia e sensibilidade pelo outro?

– Foge de confrontos e conflitos? É evitativo? Têm dificuldade de resolver problemas e tomar iniciativas? Apresenta um padrão de comportamento submisso e dependente, relacionado a uma necessidade excessiva de ser cuidado?

Relacionar-se com uma pessoa que apresenta um ou mais dos sintomas acima, traz prejuízos a si mesmo e aos que vivem ao redor. Ás vezes, é algo insuportável. Há boas possibilidades de que esta pessoa sofra de algum Transtorno ou Distúrbio Emocional.

O que diz a Área Médica

Há uma ferramenta desenvolvida pela Associação Americana de Psiquiatria, denominada DSM-5 (sigla em inglês, traduzida como Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Ela é utilizada pelos profissionais da Saúde, como suporteao diagnóstico das dificuldades psíquicas e ao tratamento.

Este manual destaca desordens psicológicas e mentais, a serem analisadas pelo médico especializado em transtornos, o Psiquiatra.

Os TRANSTORNOS podem ser:

– de Humor;

– de Controle dos Impulsos e Conduta;

– do Neurodesenvolvimento e Neurocognitivos;

– de Personalidade: da gama da Esquizofrenia e psicóticos;

– de Personalidade do grupo: Antissocial, Borderline, Histriônico e Narcisista;

– de Personalidade do grupo: de Esquiva, Dependente e Obsessiva-compulsivo.

Outra possibilidade, é o indivíduo estar com distúrbios de sono, alimentação, estresse intenso, exaustão emocional ou sofrendo angústias profundas por perdas e luto, não necessariamente ter um Transtorno Mental.

É imprescindível verificar os problemas que dificultam os relacionamentos. Saber realmente o que está acontecendo.

Dependendo do Transtorno e sua gravidade (leve, moderado e agudo), após a pessoa aderir a um tratamento medicamentoso e psicoterapêutico eficaz, poderá ter uma vida mais centrada e uma convivência mais saudável com as pessoas e consigo mesma.

Alguns podem apresentar resistência, antes de consultar um psiquiatra ou um psicólogo, por temerem ser uma ”perda de tempo” e haver o equivocado estigma, de que estes profissionais só cuidam de “loucos”.

Vale salientar ainda, que a necessidade do diagnóstico médico, se justifica nos casos em que os sintomas ocorrem com frequência, persistência e intensidade. Não é o caso de uma crise isolada, que aconteceu uma única vez.

Por exemplo: o fato de uma esposa ter um ataque explosivo de indignação por um comportamento reprovável do marido, ou vice-versa. Não é suficiente para indicar que tenha um transtorno psicológico. O alerta deve ser observado no relacionamento como um todo. Verificar as alterações de conduta, se a pessoa interpreta os fatos de maneira distorcida e se tem a convivência social prejudicada.

A pessoa que tiver em seu histórico familiar genético, algum destes transtornos mencionados, somado a um ambiente desfavorável e conflituoso, pode ativar gatilhos que irão deflagrar a psicopatologia, trazendo grandes prejuízos aos relacionamentos.

Conversa Séria, Muita Coragem, Sem Medo para Pedir Ajuda

Se você convive com uma pessoa que apresenta esses comportamentos, é preciso ajudá-la a aceitar a necessidade de avaliação, feita por um profissional da saúde mental.

Essa conversa deve acontecer de maneira firme, mas com muito cuidado, para que ela entenda sua realidade. Apresente os fatos, relembre acontecimentos e danos causados. Faça uma apresentação consistente, com sabedoria e empatia.

Caso necessário, informe que se ela não caminhar em direção ao equilíbrio, você recorrerá à família, ou a qualquer pessoa que possa ajudar e contribuir, para que o problema seja resolvido.

Você pode, se a situação envolver violência emocional ou física, recorrer ao Conselho Tutelar, à Vara da Família, à Delegacia da Mulher ou à Polícia. É necessário quebrar as barreiras e fazer o que for preciso, para obter relacionamentos mais equilibrados.

E agora? O que eu faço?

Você que convive com uma pessoa abusiva ou tóxica, não deve “minimizar” o problema, pensando que “o tempo mudará a situação”. Admita a realidade da situação e tome a atitude de mudança.

Aquele que sofre a dor de conviver num relacionamento abusivo, também precisa de orientação e ajuda! Como vítima da situação, pode necessitar de conselho médico e psicológico. Assim, leve esta condição à sério!

Sim! Deus sabe o que você está passando!

Ele ouve, quando você O busca e já está agindo (este artigo é parte desta ajuda)! O Senhor já tem trabalhado, mesmo quando você não percebe isto!

Nosso Deus é Maravilhoso e nos ajuda mesmo que não notamos… talvez um dia saibamos (lá na Glória), “quantas ocasiões” tivemos anjos enviados por Deus, que nos livraram de situações de embaraço ou perigo!

Agora, o que nos cabe é: 1) Confiar que o Senhor fará a parte dEle; 2) Precisamos fazer a nossa parte – buscando ajuda externa! Vamos colocar isto em prática?

“Esperei com paciência pelo Senhor; ele se voltou para mim e ouviu meu clamor. Tirou-me de um poço de desespero, de um atoleiro de lama. Pôs meus pés sobre uma rocha e firmou meus passos. Deu-me um novo cântico para entoar, um hino de louvor a nosso Deus. Muitos verão o que ele fez, temerão e confiarão no Senhor”. Salmos 40:1-3

“Que a paz de Cristo governe o seu coração (…), pois vocês são chamados a viver em paz (…). Ensinem e aconselhem uns aos outros com toda a sabedoria (…). E tudo que fizerem ou disserem, façam em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus, o Pai, por meio dele”. Colossenses 3:15-17.

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Autores: Sergio e Magali Leoto

Texto base: Cap.10, livro “Vivendo e Aprendendo a Brigar”, Ed. Mundo Cristão

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